Histórias de sucesso
Como o Grupo Leonora usa o modelo de Corporate Venture Building como parte da estratégia de growth
Estudo de caso
- + 12 mil pontos de venda
- CD próprio
- Empresa Great Place to Work
Tamanho: Grande Segmento: Varejo
O Grupo Leonora está há 39 anos no mercado de importação de material escolar, escritório, artesanato e tecnologia através das marcas Leo&Leo, Jocar Office, Leoarte e Letron. Oferece ferramentas que despertam a imaginação, desenvolvem a criatividade e incorporam tendências inovadoras que acompanham o comportamento de seus consumidores. Está presente em todo território nacional, atende todos os estados pelo canal de representação, portal B2B e e-commerce. Sua sede está localizada em Santa Catarina, com escritório administrativo e centro logístico próprio, além de possuir unidades em Vilhena, Manaus e Cariacica.
A história do Grupo Leonora soma quase quatro décadas. Essa trajetória teve início em 1984, quando o diretor e fundador Alberi Antonio Rodrigues saiu do Paraná com uma máquina tipográfica e seus funcionários e foi para o estado de Rondônia à procura de novas perspectivas. Em Vilhena, nasceu a Gráfica Leonora, nome em homenagem à sua mãe.
Sempre com espírito empreendedor, a Gráfica Leonora, em 1991, levou uma fábrica de cadernos para Vilhena e passou a ser o maior distribuidor da região. Em 1995, a gráfica expande suas operações e passa a fabricar formulários contínuos e, dois anos depois, levou a impressão colorida.
Já na década de 2000, a empresa começa a importar produtos, como linha básica escolar e material de escritório, instala sua sede em Florianópolis, e nascem as marcas Leo&Leo, com foco no público escolar, e Jocar Office, que atende às demandas de escritórios. Após anos de crescimento no mercado, renovação de marca e expansão de negócios, nasce, em 2019, a LeoArte, marca voltada para o público artesão.
Por ser uma empresa varejista, o Grupo Leonora já havia percebido, mesmo antes da pandemia, que o mercado estava mudando. Os consumidores estavam mais exigentes, buscando produtos personalizados, e a jornada de consumo estava cada vez mais personalizada. Além disso, os consumidores estavam totalmente inseridos no mundo digital, mas o grupo ainda não.
O PROBLEMA
Apesar da constante expansão nos últimos anos, o Grupo Leonora viu-se frente a um entrave: como uma corporação tradicional poderia criar soluções de inovação e continuar como um dos principais players do mercado? E ainda: com soluções que não correspondiam às necessidades da companhia, qual deveria ser o caminho a ser seguido?
“Os gestores e a diretoria entenderam que o grupo precisava de uma empresa que trouxesse uma metodologia e que caminhasse em paralelo às suas operações, tanto para não contaminar com sua cultura quanto para aprender a jornada da inovação de uma forma mais tranquila. Portanto, a escolha do modelo de corporate venture building se deu exatamente por ter essa estrutura caminhando em paralelo, que, aos poucos, vai introduzindo a cultura da inovação na companhia. Além disso, até onde verificamos no mercado em que atuamos, não conhecemos outros players que fizessem o que fizemos em 2021.” — Ana Debiazi, CEO da Leonora Ventures.
AS AÇÕES
Com a aproximação da FCJ Venture Builder, o Grupo Leonora lança uma nova marca em 2021: a Leonora Ventures, uma corporate venture builder que tem o propósito de desenvolver e facilitar investimentos em ideias inovadoras e negócios exponenciais.
A Leonora Ventures seleciona startups e se torna cofundadora dessas empresas, oferecendo capital intelectual, relacional e financeiro. Com isso, as startups têm acesso a uma rede global de networking, rede de investidores, conselheiros e executivos, além de ter um maior valor e governança agregados e mais de R$ 500 mil em perks, benefícios para desenvolvimento de suas soluções. Atualmente, a CVB conta com mais de 23 startups em seu portfólio e o objetivo é alcançar a marca de 50 startups em 5 anos.
“A primeira ação da Leonora Ventures foi mapear os processos internos do grupo e entender onde caberia uma inovação, seja de processos, seja de tecnologia. Não foi fácil, houve muitas rejeições. Mas, pouco a pouco, fomos criando confiança na equipe, e fazendo os cases de sucesso com alguns setores, que serviram de base para que a empresa toda abraçasse o processo.” — Ana Debiazi, CEO da Leonora Ventures.
Nessa trajetória inicial, a FCJ Venture Builder forneceu apoio em relação à metodologia, na orientação em relação a como buscar as melhores startups, como a equipe deveria trabalhar e como atuar com as startups que estavam entrando para o portfólio.
“Nossas primeiras conquistas foram ter conseguido uma boa equipe, depois conquistar o mercado de inovação da região sul e, com isso, trazer boas startups para o portfólio. Em sequência, conseguimos implantar a primeira ferramenta junto ao Grupo Leonora e fazer nosso case. Para o ecossistema, foi positivo ver a receptividade dos players de mercado com a LV e a metodologia da FCJ; depois, foi ter o nome do Grupo Leonora sendo levado para todo o ecossistema e a empresa passar a ser reconhecida onde não era; e, por fim, conquistar bons investidores que nos apoiam nessa jornada.” — Ana Debiazi, CEO da Leonora Ventures.
OS RESULTADOS
Após a implantação da CVB, o grupo passa a entender que existem muitas oportunidades a serem exploradas, tanto em novos mercados quanto de operação interna.
“É uma trajetória longa, que não muda da noite para o dia, mas o caminho vai se abrindo a cada nova conquista. Nós passamos a ser reconhecidos como modelo de inovação para o mercado, onde grandes players, de vários segmentos, nos usam como bench para iniciar também suas jornadas. Temos uma grande relevância na região sul, onde conquistamos nosso espaço, e hoje conseguimos nos relacionar com aceleradoras, incubadoras, fundos de investimentos e outras empresas. O grupo ainda está aprendendo a caminhar ao nosso lado, compreendendo que a inovação deve fazer parte de seu dia a dia, trazendo mais eficiência, redução de custos, aumento de receita, e envolvendo todos os seus colaboradores, representantes e clientes nessa jornada.” — Ana Debiazi, CEO da Leonora Ventures.
STARTUPS FORA DA CURVA
- LeadFinder: é o grande case de crescimento de faturamento em 2 anos. Triplicou o faturamento com duas rodadas de captação. O crescimento da startup deve-se à maturidade da equipe.
- Cognvox: é exemplo de founders persistentes e resistentes. A startup ficou um ano e meio sem fechar uma venda, mas jamais desistiram e continuaram fazendo reuniões com leads, buscando saídas para que o primeiro contrato saísse. Conseguiram um investimento-anjo para que pudessem manter as prospecções ativas e o sistema em desenvolvimento. Em fevereiro deste ano, fecharam o primeiro contrato e logo vieram os demais. Atualmente, faturam mais de 3MM por ano.
- Kate: o CEO entendeu que seu sócio não era ideal para a startup e conseguiu negociar sua saída sem qualquer ruptura ao processo de evolução e trouxe outros 3 founders superexperientes.
- Ecobotica: tem uma super founder mulher que escuta tudo que a LV orienta e segue os processos. Como consequência, ela conseguiu fechar com o maior marketplace de produtos de beleza do Brasil.
“Hoje estamos tentando estar mais próximos, fazer a LV mais estratégica para o crescimento do Grupo Leonora, este entendendo a importância de sua área de inovação. Nesses dois anos, estivemos ao lado, fazendo ações mais pontuais, com alguns setores. Hoje queremos estar no dia a dia, em todos os processos. O mercado pode esperar um Grupo Leonora mais robusto, mais integrado e mais presente. E a Leonora Ventures trabalhando cada vez mais para o sucesso de suas startups e investidores. Preciso ressaltar, por fim, a importância de nossa equipe para a operação. Conseguimos ao longo desses dois anos atingir uma maturidade dos processos, das pessoas e das startups. E nossa equipe está sempre em busca de melhoria, de crescimento e de aperfeiçoamento.” — Ana Debiazi, CEO da Leonora Ventures.
Daniele Rocha -
Redatora de conteúdo com mais de 5 anos de experiência em planejamento, redação e edição de conteúdo on-line que educa, diverte e conecta clientes com marcas. Trabalhei em agências e grandes empresas como estrategista de conteúdo de blog, redatora e revisora de textos. Depois de me apaixonar por propaganda, fiz um curso de copywriting e, agora, também venho ajudando a construir marcas fortes através de textos criativos.