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BH na mira dos investidores: capital mineira ganha relevância com um polo nacional de ciência, tecnologia e inovação

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Referência nacional em produção científica e berço de startups, BH tem atraído centros de pesquisas e sedes de empresas em todo o país

Sede do San Pedro Valley, uma das maiores comunidades de startups do Brasil, de uma universidade de ponta e um ambiente pujante de fomento à inovação, Belo Horizonte se destaca como um destino atrativo para centros de Pesquisa e Desenvolvimento e headquarters de empresas globais. Mas, como  isso ajuda no desenvolvimento da cidade e do estado? E o que ainda é preciso fazer para fortalecer esse movimento, transformando de vez a cidade em um polo referência em inovação?

Essas questões foram debatidas em um dos painéis do 1º Minas Summit, realizado pela FCJ Venture Builder e o Órbi Conecta, no dia 30 de junho, no Minascentro (BH).  O professor convidado da Fundação Dom Cabral, Marcos Mandacru, puxou a conversa detalhando os diferenciais da cidade. “Alguns fatores são importantes na decisão de uma empresa de alocar um centro de P&D numa cidade e BH reúne várias dessas condições. Temos parque tecnológico, universidade e centros de pesquisa de ponta, um ecossistema empresarial importante, um centurião industrial, além de ótima qualidade de vida”, disse.

As mesmas características têm atraído as sedes das empresas, o que influencia diretamente no desenvolvimento da cidade. “Onde está o centro decisório, você tem mais oportunidades. Então, quando uma empresa estabelece sede numa cidade, a chance é muito maior de atrair investimentos para a região, por exemplo em inovação aberta e em contratação de serviços diversos”, disse.

Cristina Rocha Guimarães – Gerente de desenvolvimento institucional do BH-TEC – Foto: Guilherme Breder

Um dos equipamentos de inovação da cidade que chama a atenção dos investidores é o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), que abriga diversas empresas e faz a conexão entre o conhecimento científico da academia e o mercado. Segundo a gerente de desenvolvimento institucional do BH-TEC, Cristina Rocha Guimarães, diversas empresas têm procurado o parque tecnológico para sediar seus centros de pesquisa justamente por causa dessa base científica tecnológica.

“Minas Gerais tem um potencial gigante em ciência e tecnologia e o BH-TEC tem um papel fundamental para que essa pesquisa que começa a ser fomentada na universidade gere nota fiscal e benefícios para a sociedade”, destacou. Para ela, o que falta ainda são mais ações de conexão dessas potencialidades. “O que a gente precisa é melhorar essas sinapses, bebendo dessas fontes diversas que existem e fomentar essa trilha de inovação. Só assim, vamos ter entregas robustas para a sociedade e um mundo melhor para os nossos filhos”, disse.

Eduardo Emrich – Presidente da Biominas – Foto: Guilherme Breder

Outra vocação da cidade é o fomento de negócios inovadores na área da saúde. Uma das instituições referência nesse setor é a Biominas, que oferece suporte a empresas de bio e tem um extenso programa de estruturação de negócios nascentes. O presidente da Biominas, Eduardo Emrich, destacou o protagonismo da capital mineira, lembrando que a UFMG é um berço nacional de startups de biotecnologia. 

Ele também convocou as empresas de saúde já existentes na cidade a entrarem nesse movimento e ajudarem a projetar a capital mineira no cenário nacional. “Belo Horizonte tem tudo pra ser a cidade da tecnologia e inovação em saúde no país. São Paulo costuma estar à frente, mas tem várias dificuldades de infraestrutura que aqui não temos, então podemos tomar essa liderança. Temos ciência de qualidade, inovação de startups, apoio do governo, então com um pouco de coordenação a gente consegue transformar a cidade e o estado nesse polo que a gente sonha ter aqui”, disse.

Fernando Campos Motta – Secretário de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte – Foto: Guilherme Breder

O Secretário de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte, Fernando Campos Motta, destacou que o fomento à inovação na cidade é feito tanto no apoio às estruturas já existentes, como o próprio BH-TEC  e a Biominas, como em ações próprias do governo. Ele citou, por exemplo, o BH Lab, um programa de aceleração de startups que será lançado pela prefeitura. 

“A inovação traz desenvolvimento e isso é visível até nos salários de quem trabalha nesse setor, que é muito superior à média de salários em outros setores. Nesse sentido, é fundamental a união de esforços públicos e privados para trazer os investimentos para a cidade”, disse.

Representando a iniciativa privada, o CEO da TSX, Paulo Pinto, falou sobre a necessidade de um fomento organizado da inovação na cidade. Ele citou a criação do Invest BH, uma agência de promoção de investimentos para que a cidade se torne mais atraente, a partir de um método bem direcionado. Esse método, segundo ele, tem inclusive um mapeamento de gaps do investimento na cidade e uma agenda de mitigação desses problemas. 

“Belo Horizonte é um celeiro de neurônios, mas o que falta para que se consiga converter esse potencial em resultados mais pujantes é um ambiente adequado para fazer essas sinapses. E é por isso que eventos como esse hoje são tão importantes”, frisou. 

A 1ª edição do Minas Summit foi realizada pela FCJ Venture Builder e Órbi Conecta, patrocinada por Framework, Board Academy, Zendesk, Yazo, Grant Thornton, SEBRAE, Codemge, Governo de Minas Gerais, Minascentro e Prefeitura de Belo Horizonte. Em 2024 tem mais. A 2ª edição do Minas Summit acontecerá nos dias 28 e 29 de junho, no Minascentro, no Centro da capital mineira. Acompanhe mais informações por meio do site www.orbi.co e www.sanpedrovalley.org.br. Se você é integrante do ecossistema de inovação de Belo Horizonte, não deixe de se cadastrar nos portais. 

Fonte: www.orbi.co

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