*Artigo produzido por Acacia Morena, CEO da ATMosfera Ventures.
Iniciar e manter uma startup não é tarefa fácil; assim como inovar dentro de uma grande corporação também pode ser desafiador. Independentemente do cenário econômico, as startups enfrentam escassez de recursos, mudanças de rumo repentinas, dificuldades para conquistar clientes e falta de reputação. Para superar esses desafios, a colaboração estratégica com grandes corporações, através do Corporate Venture, pode ser a chave para abrir portas, aumentar receitas e ganhar força no mercado.
De acordo com um artigo da Forbes publicado em outubro, grandes empresas contrataram mais de 4.000 startups no último ano, focando especialmente em soluções relacionadas à inteligência artificial, análise de dados e produtividade. Setores como “Bens de Consumo e Alimentação”, “Serviços Financeiros” e “Varejo e Distribuição” lideraram as parcerias com startups para impulsionar a inovação. O número de corporações que fecharam contratos com startups em 2023 chegou a 5.348, superando as 4.449 do ano anterior.
A inovação aberta não apenas beneficia as grandes corporações, mas também oferece oportunidades valiosas para empreendedores de diversos setores. Ao alinhar estratégias, essa relação “ganha-ganha” pode gerar resultados significativos.
Ter uma startup, independentemente do estágio, não é fácil. Em qualquer cenário econômico, as startups precisam conviver com a escassez, mudanças de rumo repentinas, dificuldades para conquistar clientes, falta de reputação e mercados despreparados para a solução. A estratégia de estar próxima de uma grande corporação pode encurtar caminhos e ajudar em vários aspectos do desenvolvimento do negócio.
Por outro lado, segundo o levantamento Founders Overview, produzido pela ACE em parceria com as startups BHub e a55, informa que o primeiro desafio na jornada empreendedora é buscar ajuda para definir os primeiros passos do negócio. Hoje, existem diversas formas e recursos para esse tipo de apoio. Corporate Venture Builders como a ATMosfera Ventures, idealizada pela TecBan em parceria com a FCJ, ajudam principalmente negócios iniciais, combinando desenvolvimento com o know-how e a força da grande corporação.
Esse apoio encaminha a startup em uma trilha mais assertiva de crescimento. De acordo com o mesmo levantamento, a prova disso é que a maioria (70%) das startups que declaram ter recebido auxílio inicial tiveram um crescimento de mais de 50% nos últimos seis meses.
Atualmente, 100% do portfólio da ATMosfera Ventures recebe apoio no desenvolvimento de seus negócios e mais de 80% já realizaram projetos com a corporação.
O levantamento também elencou, em ordem de importância, os principais desafios em empreender:
- Atrair clientes (43%);
- Dispor de capital de giro suficiente (43%);
- Converter interessados em clientes (32%);
- Atrair as pessoas certas para trabalhar na startup (30%);
- Conseguir pagar a remuneração de mercado para os profissionais (30%).
Entre os problemas financeiros, a falta de networking e conexões foi a queixa mais frequente, com 52% dos fundadores alegando dificuldades. Startups que preferem operar através de bootstrapping (sem investidores) acabam tendo pouco acesso a mentorias e aos contatos com fundos de venture capital. Por isso, é importante abrir relacionamentos e buscar investimentos através de Corporate Venture Builders como a ATMosfera Ventures, que possuem contatos com os mais diversos players do ecossistema de inovação. Grandes nomes como Domo Invest, Alya Ventures, Positivo e Anjos do Brasil são alguns dos parceiros conectados à nossa rede.
Além de conquistar investimentos, outro desafio crucial para startups em crescimento é construir a confiança dos clientes. Em um negócio com pouco ou nenhum histórico, não há como demonstrar aos potenciais compradores que a empresa entrega o que promete. Parceiros e sócios de renome podem trazer essa validação necessária, transformando clientes hesitantes em defensores confiantes da solução oferecida pela startup.
A relação vai além das mentorias, acesso ao mercado, conversão de clientes e novas contratações. Uma startup que busca inovar, precisa garantir investimentos e crescimento contínuo.
Conquistar diferentes investidores é uma das maneiras de obter benefícios compostos e abrir novas redes de contato para criar oportunidades de negócio. Rodadas de comunidade, como as realizadas pela Anjos do Brasil em parceria com a FCJ, combinam as forças dos diversos players, garantindo que as startups continuem tendo acesso contínuo a capital, seja de onde for. Assim, a roda do futuro dos negócios continua girando.
Este é um movimento que já está acontecendo. Gigantes do mercado corporativo e de investimento estão de olho nas startups da ATMosfera Ventures, investindo nelas, estabelecendo parcerias e conduzindo provas de conceito que impulsionam negócios inovadores em nosso portfólio.
É uma jornada empolgante para as startups, onde o Corporate Venture não apenas transforma empresas, mas também impulsiona a inovação, criando um ciclo positivo para o futuro dos negócios.