É fato que toda startup precisará de recursos financeiros para suportar o seu crescimento acelerado em vários momentos da sua jornada e terá diferentes tipos de investidores. O foco desta análise será pelo prisma do investidor-anjo: a pessoa física que coloca recurso próprio nos primeiros estágios da vida da startup e tem o interesse genuíno em ajudar o negócio ao mesmo tempo que cria um ativo.
A questão principal é: Será que dinheiro, uma boa ideia e um time qualificado de fundadores garantem o sucesso de uma startup?
É possível obter resultados significativos com uma equipe extremamente experiente e complementar, mesmo que o foco dos empreendedores seja o “dinheiro pelo dinheiro”. No entanto, apenas isso não basta na grande maioria dos casos.
Para resolver esta “dor” surgiu então o conceito de smart money: investidores (“money”), que somam com experiência de mercado, conhecimento técnico e networking, entregando valor concreto para a startup (“smart”).
Millennials
Segundo a revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, os “millennials ou geração Y” nome dado aos jovens nascidos entre o início da década de 1980 e o meio da década de 1990, serão a maior mão de obra dos próximos anos. Um relatório recente do Bank of America indica que esta geração será responsável por 75% da força mundial de trabalho em 2025. Por isso, pode-se dizer que qualquer tendência comportamental sobre estes profissionais pode se tornar um padrão em poucos anos, e o propósito é fator motivador e diferencial na hora de buscar uma empresa, um projeto ou uma startup.
Temos visto empreendedores abrirem mão do seu propósito para agradar investidores. Esta ação tende a desencadear uma sequência de problemas: time desmotivado, falta de alinhamento sobre o norte da empresa, separação dos fundadores, falta de atratividade/retenção de talentos que estão a procura de algo além do salário.
O ponto central deste artigo é trazer que não basta smart money sem propósito alinhado com o da startup e, principalmente, do time. O propósito mobiliza as pessoas de uma forma que o lucro por si só nunca o fará, isso é o poder do porquê. Para uma startup prosperar, ela precisa incutir seu propósito em tudo o que faz, envolvendo os fundadores, toda a equipe e os investidores anjos.
Sem polêmica
O objetivo aqui não é criar uma polêmica sobre o conceito de smart money tão amplamente difundido no ecossistema de startups e investidores. É incluir este novo ingrediente na análise. Entendemos que o ideal é a união do conhecimento técnico e networking “smart” + o dinheiro “money” + alinhamento de propósito “with purpose” #smartmoneywithpurpose ou simplesmente #moneywithpurpose.
Entendemos que é uma escala de valor, e que em primeiro lugar vem Smart Money with Purpose. Não sendo possível, o smart money é a segunda opção e por último o money, lembrando que este texto trata do investidor anjo, ou seja, o investimento nos primeiros estágios das startups.
E para você que está lendo este post, faz sentido?
Autores:
Justino – CEO & Founder – FCJ Venture Builder
Wilson – CEO & Founder – 2.5 Ventures
Referências:
SINEK, Simon. Start with why : how great leaders inspire everyone to take action. Peguin, 2009.
ESTÚDIO GLOBO. Por que os millennials são o futuro dos negócios sociais. Pequenas Empresas & Grandes Negócios, 2015. Disponível em: https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Negocios-sociais/noticia/2015/12/por-que-os-millennials-sao-o-futuro-dos-negocios-sociais-1.html Acesso em: 06 Abr. 2020