FCJ

6 inovações geradas pelo Corporate Venture Building em empresas modernas

O cenário corporativo atual segue em constante evolução. Com as transformações tecnológicas do mercado, as mudanças no comportamento dos consumidores e a enorme disputa entre a concorrência, as companhias já entenderam que ter uma única fonte de sustentação não é mais uma estratégia viável.

Nos últimos anos, companhias ao redor do mundo descobriram no modelo de Corporate Venture Building a fórmula para driblar os desafios corporativos do mundo moderno. Em um levantamento publicado em 2020, a McKinsey mostrou que 74% das empresas que investiram no modelo de “business building” — ou seja, que buscaram construir novos negócios, atrelados ou não ao seu core business — tiveram um crescimento acima da média de seus respectivos mercados.

Na prática, Corporate Venture Building envolve idealizar, desenvolver e escalar novos negócios sob a “proteção” de uma empresa estabelecida. Esse modelo promove o acesso à inovação corporativa por meio da colaboração com startups, e ambas as partes se tornam complementares, fazendo com que a roda da inovação gire.

Aqui estão 7 inovações que empresas modernas incorporam em seu dia a dia após a adoção desse modelo.

1. Aceleração do processo de inovação corporativa

Sabe-se que departamentos de pesquisa e desenvolvimento tradicionais são capazes de criar entraves em relação à inovação corporativa. Isso acontece porque, num modelo de inovação tradicional, as companhias olham apenas para o que pode ser criado, refeito ou executado tendo acesso apenas a recursos internos — de pessoas, financeiros e tecnológicos. 

Métodos tradicionais de inovação podem levar anos para saírem do estágio de ideação e se concretizar devido a camadas de burocracia ou até mesmo falta de conhecimento. Entretanto, o modelo Corporate Venture Building permite uma mudança de paradigma na forma como a companhia enxerga a inovação. Agora, as companhias entendem o valor da colaboração com agentes externos — sejam eles empresas, do mesmo segmento ou não, startups, órgãos de fomento, entre outros. 

Dessa forma, o CVB garante que novos conceitos de inovação sejam aplicados rapida e efetivamente, em soluções prontas não apenas para a companhia principal como também para o mercado. Na prática, o Corporate Venture Building é uma abordagem de inovação corporativa mais ágil, adaptável e com visão de futuro.

2. Diversificação de receita

Ainda que empresas estabelecidas tenham chegado a patamares altos, não será fazendo o mesmo que elas sairão desse ponto. O mercado em geral é flutuante, e depender de uma única fonte de receita já não é mais uma estratégia viável. Ainda que haja um foco maior em determinado ponto, as companhias devem estar preparadas para possíveis imprevistos, mudanças de mercado ou grandes desafios do setor.

Se a fonte primária de receita da sua companhia diminuir consideravelmente, quais são as chances de o negócio sobreviver no médio e longo prazo? O Corporate Venture Building é uma contramedida estratégica para essa vulnerabilidade de mercado, uma vez que a companhia cria uma estrutura corporativa mais ampla, com parceiros estratégicos e novos negócios em formato de rede, e diversifica seu fluxo de receitas.

3. Posicionamento de pioneirismo

O mundo dos negócios é dinâmico e, atualmente, não se trata apenas de se manter em uma posição avantajada, mas de liderar as mudanças. Todos os segmentos e indústrias estão passando por transformações significativas, e a linha entre estar na frente e tentar recuperar o tempo perdido é bem estreita.

Para empresas modernas, não basta apenas prever tendências de futuro. É necessário começar a moldá-las efetivamente por meio de ações de inovação mais consistentes. Ter metas e objetivos de curto e médio prazo é necessário para o andamento da operação, mas ignorar mudanças maiores e mais transformadoras de longo prazo significa perder espaço no mercado. Quando elas se concretizarem, será tarde demais e a companhia se verá correndo atrás do tempo perdido.

Ao adotar uma estratégia de inovação por meio do Corporate Venture Building, a companhia não está apenas se adequando a uma nova organização de mercado, mas, sobretudo, configurando ativamente as tendências do futuro. 

4. Mitigação do risco de entrada em novos mercados

Pisar em territórios desconhecidos é uma aposta que toda empresa que busca crescimento faz em diferentes estágios. Principalmente para companhias de gestão tradicional, nas quais a abertura ao risco é mínima, a promessa de novos mercados e o fascínio de novos segmentos são atenuados pelos riscos reais de cenários desconhecidos.

O desenvolvimento de uma nova companhia, dissociada da corporação principal, traz luz a esse dilema. Ao adotar um modelo de Corporate Venture Building, a corporação estabelece uma relação entre pioneirismo e sabedoria experiente. 

Embora uma Corporate Venture Builder desbrave novos caminhos, ela estará armada de recursos e percepções acumulados pela corporação principal e pelos parceiros externos. Dessa forma, criar uma CVB não é entrar no desconhecido totalmente vendado, mas com uma bússola que indica o melhor caminho a partir de anos de experiência no setor.

5. Ganho de agilidade operacional

No mundo corporativo atual, são os ágeis e adaptáveis que conseguem alcançar a liderança. As maiores empresas do mundo já entenderam que abordagens tradicionais podem, muitas vezes, colocá-las na linha de fundo, e o Corporate Venture Building traz a agilidade que as corporações modernas tanto almejam. 

Ao adotar uma cultura de empreendedorismo e startups dentro da vasta estrutura de uma corporação, há um misto de velocidade, inovação e adaptabilidade. Além das vantagens de capitalizar rapidamente as oportunidades e mitigar os riscos, há um benefício mais profundo e mais estratégico: as empresas que cultivam a agilidade promovem uma cultura de aprendizagem e evolução contínuas.

6. Implementação da cultura de criatividade e inovação

Transformar a cultura organizacional de uma corporação não é tarefa de um homem só. Entretanto, com as transformações do mundo dos negócios e a alta adaptabilidade que as companhias precisam ter atualmente, investir em uma cultura de inovação é uma das principais saídas para estar sempre à frente.

Neste artigo, falamos que: 

“Principalmente em empresas já estabelecidas, pode ser complexo sair do ponto A (sendo este o modo como as coisas vêm sendo feitas) para alcançar o ponto B (que é criar uma cultura centrada em inovação). 

Muitos executivos ainda não conseguem enxergar um ambiente horizontalizado, principalmente em companhias tradicionais. Entretanto, não podemos assumir que seu negócio será criativo e inovador levando em consideração a mesma abordagem e estrutura de tantos anos.

Criatividade e inovação mantêm uma relação simbiótica que impulsiona negócios para o futuro e aproveitar os benefícios dessa dupla pode colocar empresas no topo de seus segmentos.”

Ao adotar uma iniciativa de Corporate Venture Building, a empresa âncora tem a chance de, ao longo do tempo, incorporar também pequenas mudanças culturais centradas em inovação e growth, que podem contribuir para outras iniciativas do negócio, além de promover diversos benefícios, como a melhoria contínua dos processos, produtos e serviços da empresa.

Atualmente, os melhores resultados em inovação corporativa são consequência da combinação e colaboração entre empresas tradicionais e startups. Esse é um modelo híbrido em que ambas as startups e grandes corporações são necessárias para encontrar novas soluções para os problemas complexos que enfrentamos nas empresas e na sociedade em geral.

Na prática, o Corporate Venture Building se refere a empresas já estabelecidas criarem uma nova organização do zero. O objetivo de uma CVB (corporate venture builder) é aproveitar oportunidades ainda inexploradas além do negócio atual e utilizar os novos produtos ou serviços desenvolvidos (startups) para solucionar problemas internos, do mercado ou de ambas as partes.

Se você deseja se informar mais sobre o tema, baixe o e-book “Corporate Venture Building: guia definitivo para um crescimento empresarial rentável”. Neste material, você entenderá o conceito de Venture Building, Open Innovation e Corporate Venture Building, os benefícios desse modelo de inovação corporativa, entre outros tópicos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

AssuntosRelacionados

Recentes

Cases de sucesso

Rolar para cima