A multinacional líder em venture builder na América Latina anunciou uma nova parceria que terá como resultado a criação de uma venture builder de ESG.
Ao contrário do que se pode imaginar, o termo ESG vem sendo utilizado oficialmente desde 2004, quando o então secretário-geral da ONU publicou um documento (Who Cares Wins) no qual pedia para que instituições financeiras incorporassem às suas análises de investimentos princípios sociais, ambientais e de governança.
Atualmente, o conceito de ESG é o ponto-chave de vários acordos internacionais e ele vem transformando a realidade do mercado. Com consumidores, colaboradores e agentes de mercado cada vez mais exigentes em relação à conduta ética das corporações quanto ao meio ambiente, às pessoas e à gestão empresarial, muitas organizações estão se autoavaliando, em busca de encontrar formas de diminuir os impactos socioambientais de suas operações e adotar melhores práticas administrativas.
Para fomentar esse mercado, a FCJ Venture Builder anunciou o lançamento de mais uma venture builder, agora com foco em ESG. A iniciativa nasceu a partir de conversas entre o CEO da FCJ, Paulo Justino, e Juliana Rolla, CEO da EcoBusiness Solutions, uma empresa que oferece consultorias de sustentabilidade e inovação. “Eu acredito que a gente tem um universo enorme de oportunidades e o ESG é um movimento que veio para ficar. Eu trabalho com sustentabilidade desde 2004 e nunca foi tão forte esse pensamento e o engajamento em relação à temática”, diz Juliana.
O que é ESG
Environmental, social and corporate governance, algo como princípios ambientais, sociais e de governança corporativa em português, formam o ESG. O conceito gira em torno de novas práticas corporativas e de investimento que têm como base os princípios da sustentabilidade. Atualmente, o ESG é também visto como um “selo” que atesta as boas práticas das instituições.
Pedro Leonardo, um dos cofundadores da ESG Venture Builder, explica que “essa é uma questão transformacional. Estamos passando por mudanças, e as novas gerações não querem ser consumidoras de empresas que não têm uma consciência socioambiental e de governança. E a empresa que não estiver adequada aos princípios do ESG vai ter dificuldade para captar e manter talentos, para atender um grande público consumidor e, principalmente, para acessar o mercado financeiro. Então, esse é um tema do qual as grandes corporações não podem fugir”.
Para os próximos anos, o ESG é, também, o caminho para as empresas que pretendem alcançar uma boa precificação no mercado interno e externo, por exemplo. Além disso, colocar esse conceito em prática pode gerar um alto crescimento para a organização, em torno de 25% ao ano, segundo estimativa da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo.
“De fato, as empresas que conseguem ter uma atuação consistente, trazendo esses princípios tanto para a parte estratégica quanto para a operacional, têm um diferencial competitivo, principalmente aquelas que estão listadas nas bolsas, garantindo uma rentabilidade maior. É um impacto econômico-financeiro das práticas sustentáveis no resultado das empresas”, complementa Juliana.
Segundo Pedro, as práticas de ESG são capazes de aprimorar as estratégias corporativas, gerando maior eficiência, transparência e abrindo as portas das organizações para os processos de inovação.
Ainda, outro termo que vem sendo amplamente discutido é o greenwashing, processo que leva as pessoas a acreditarem que uma empresa pratica ações ambientalmente corretas quando, na verdade, não o fazem. “A questão é: até onde, de fato, as empresas vão colocar em prática as ações que elas dizem que fazem? Com o greenwashing, há pouco resultado. Por isso, pretendemos até atuar, por meio da ESG Venture Builder, com alguma startup capaz de desenvolver indicadores do segmento, para mensurarmos os impactos dessas organizações”, explica a cofundadora.
A ESG Venture Builder
Além de Juliana Rolla e Pedro Leonardo, a venture builder tem em sua equipe fundadora o Dr. Luiz Fernando Rolla e o Dr. Ezequiel de Melo Campos Netto, e seu objetivo é gerar valor para as empresas/instituições por meio da adoção de práticas sustentáveis, maximizando o retorno para os investidores e gerando impacto para a sociedade.
“A sustentabilidade tem que estar atrelada ao modelo de desenvolvimento corporativo, e aí entram questões como governança, novas tecnologias que vão dar sustentação a essa estratégia de desenvolvimento. Estamos falando de várias vertentes da sustentabilidade, como smart city, energias renováveis, eficiência energética, controles e indicadores, inclusão social e digital”, reforça a cofundadora da ESG Venture Builder.
Ainda, Juliana aponta que “as empresas também precisam saber gerenciar as expectativas em relação às soluções para governança. Por isso, trabalharemos de forma estratégica, gerando valor para os stakeholders, criando espaço para a inclusão e a diversidade, levando transformação para as operações das empresas e criando inovação por meio das startups”.
Com as startups selecionadas, a ESG Venture Builder atuará lado a lado com os empreendedores para o pleno desenvolvimento de suas soluções, que poderão ser validadas dentro de um ambiente real de mercado. “Já pensamos nas conexões que podemos ter com outras ventures da rede, seja da área da saúde, educação, direito, agronegócio… Precisamos ter ferramentas de compliance e até mesmo soluções que criem manuais de boas práticas customizados para cada corporação. A definição/acompanhamento de indicadores é um outro aspecto muito importante para as empresas neste momento”, finaliza Juliana.
Com lançamento no dia 26 de outubro, às 19h, a ESG Venture Builder mostrará como e por que as empresas devem colaborar para um mundo mais ético e saudável. Inscreva-se no evento e acesse os perfis da FCJ Venture Builder no Instagram e LinkedIn para mais informações.