Histórias de sucesso
Dome Ventures: entenda como a Venture Builder está transformando o setor público brasileiro
Estudo de caso
- Período em atividade: 2 anos
- Edições de Investor Day: 11
- Investidores: 29
- Startups mapeadas: 421
- Portfólio: 12 startups
- Valor do portfólio: R$ 56.587.000,00
A Dome Ventures é uma Venture Builder govtech que nasceu com o propósito de transformar o futuro das instituições públicas no Brasil. Por trás da corporação há pessoas físicas que são executivas de grandes corporações, como Emanoelton Borges, CEO do Alfa Group, Ana Paula Debiazi, CEO da Leonora Ventures, Gleydson Lima, CEO do ESIG Group, e Gabriela Rollemberg, advogada especializada em Direito Eleitoral e cientista política, além de contar com a força de empresas sócias, como o escritório Marcos Inácio Advogados e o Grupo FCJ.
“A Dome Ventures é pioneira em venture building govtech no Brasil e preenche uma lacuna necessária no setor. Existiam poucos investidores-anjo no setor govtech e basicamente dois fundos de venture capital que atuavam no Brasil. Porém, entre o investimento-anjo e o venture capital, existia essa lacuna, que foi preenchida, justamente, pela venture builder.” — Lincoln Ferdinand, gerente de marketing da Dome Ventures.”
A Dome Ventures surgiu em 2021, durante a pandemia, período em que muito se falou em transformação digital nas empresas. Entretanto, faltava um olhar mais atento para as inovações dentro de órgãos públicos, estados e municípios. Sendo assim, os idealizadores uniram suas expertises em vendas para o setor público e fundaram a venture builder em parceria com o Grupo FCJ.
O mercado de tecnologias para o governo vem se tornando um dos setores digitais de grande relevância para a economia mundial, mas nem sempre foi assim. Principalmente no Brasil, diversas são as dificuldades e as barreiras que impedem a aproximação dos governos com a inovação, sobretudo o open innovation.
“Principalmente em cidades pequenas, uma das principais barreiras se dá pelo desconhecimento da legislação e forma de contratação de soluções inovadoras. Por essa falta de conhecimento da parte burocrática, acaba-se atrasando a contratação de soluções como as oferecidas pela Dome Ventures. Outra barreira é a agenda política de governantes, que precisa convergir com a inovação. Portanto é preciso atenção.” — Lincoln Ferdinand, gerente de marketing da Dome Ventures.
Mas Lincoln sinaliza que há uma luz no fim do túnel:
“No entanto, há um esforço de diversos atores para educar agentes públicos na contratação de soluções inovadoras. Isso envolve o Tribunal de Contas da União, diversos atores que atuam fomentando a inovação, o Open Innovation nas prefeituras, governos estaduais e autarquias. Inclusive, há o CPIN (Plataforma de Compras Públicas para Inovação), que justamente serve para educar esses agentes públicos a contratar serviços tecnológicos como as govtechs, destacando o passo a passo e as especificidades da inovação.
Agora, essas barreiras estão sendo reduzidas de forma gradual. Então, a tendência é que a adoção de soluções inovadoras por parte de estados e municípios continue a crescer de forma exponencial.”
Desafios e ações
“A Dome Ventures é pioneira em venture building govtech no Brasil e preenche uma lacuna necessária no setor. Existiam poucos investidores-anjo no setor govtech e basicamente dois fundos de venture capital que atuavam no Brasil. Porém, entre o investimento-anjo e o venture capital existia essa lacuna, que foi preenchida, justamente, pela venture builder.”
A Dome Ventures nasceu com o propósito de transformar o futuro das instituições públicas no Brasil. Sua missão é contribuir com o avanço digital do setor público, selecionando e desenvolvendo, de forma contínua, inovações aplicadas e startups que impactem positivamente a sociedade e a vida de toda a população.
Visando tamanho impacto das soluções que seriam desenvolvidas pela venture builder, só no primeiro mês de operação, a Dome Ventures captou R$ 3,5 milhões. “Tivemos uma capacidade de captação de lucro muito forte porque nossos sócios fundadores têm uma rede de contatos robusta. Esse sucesso é atribuído também ao fato de a vertical govtech ser uma proposta totalmente única no Brasil. Atualmente, somos a única venture builder govtech do Brasil, pelo menos de relevância nacional”, explica o gerente de marketing da Dome Venture.
“Conseguimos reunir atores de praticamente todas as regiões do Brasil que atuam com o setor público fortemente e que possuem muitos contatos que têm interesse em investir em inovação aberta. Além disso, a Dome chegou com startups que possuem a capacidade de vender para o setor público e que estão alinhadas com o nosso propósito de transformar o futuro das instituições públicas e melhorar a vida da população.” — Lincoln Ferdinand, gerente de marketing da Dome Ventures.
Nesse sentido, o desafio inicial da Dome Ventures era aglutinar investidores-anjo que tivessem a capacidade de somar, não apenas financeiramente, mas também economicamente, para o desenvolvimento da transformação pública através da inovação. Havia também o desafio de captar startups que atendessem às dificuldades das prefeituras e das instituições públicas em geral.
“Os impactos já são positivos, tendo em vista que nossas startups possuem clientes em diversas regiões do país. Já temos alguns exemplos positivos, como a Agilizamed, que tem 27 municípios clientes através do CPSI, que é uma modalidade de contratação pública de soluções inovadoras. Também a Cidade Conectada, que é a startup por trás do aplicativo da Prefeitura de João Pessoa – PB, que reúne todos os serviços da prefeitura em um único SuperApp. Outras startups destaque são a Edtech Arandu Lab, que tem clientes no interior da Paraíba e é o primeiro lugar brasileiro no Inovativa na área de educação, e a Global Brain que fechou contratos importantes no estado de Minas Gerais.” — Lincoln Ferdinand, gerente de marketing da Dome Ventures.
Segundo Lincoln, estima-se que há mais de 1.400 prefeituras, não apenas desenvolvidas pela Dome Ventures, como também por empresas de acionistas e conselheiros da venture builder. “Contabilizamos que temos pouco mais que 20% das prefeituras do Brasil. Isso mostra a dimensão do ecossistema da Dome Ventures em nosso país.”
Resultados
Após o lançamento da Dome Ventures, uma lacuna importante foi preenchida no mercado de inovação para o setor público, uma vez que havia poucos agentes nesse segmento e as ações não eram complementares. “Houve uma procura muito grande das govtechs pela Dome Ventures porque preenchemos a lacuna entre investimento-anjo, programas de aceleração e o Venture Capital”, pontua Ferdinand.
“Existiam startups com seus produtos finalizados, porém com dificuldade de replicar a solução em outros municípios. Essas startups viram na Dome uma perspectiva de crescimento e fez com que nosso funil de captação de startups crescesse e nós pudéssemos selecionar as melhores para nosso portfólio. Isso vem ajudando as startups, pois elas agora se preparam para melhor atender às iniciativas públicas.” — Lincoln Ferdinand, gerente de marketing da Dome Ventures.
Até então, foram mapeadas 421 startups, das quais 12 fazem parte do portfólio da Dome Ventures:
- Processamento de dados: Cidade Conectada e E-Cassini;
- Educação: Arandu Lab, Vinver e Águias Femme;
- Saúde: AgilizaMed, Global Brain, Laila Health e PrimeDialog;
- Mobilidade: Inpatics
- Vendas: Licitei
- Energia: Tradenergy
Lincoln pontua que “todas as startups estão evoluindo e merecem destaque, com pontos interessantes a serem compartilhados em relação ao crescimento”.
“Em relação ao faturamento, temos a Cidade Conectada, que saiu do zero a cinco milhões de faturamento em pouco mais de um ano e meio, dentro da Dome Ventures.
Já em termos de quantidade de clientes, podemos destacar a Agilizamed, que através da modalidade de contratação pública de soluções inovadoras, já possui 27 prefeituras do Paraná como clientes.
Além de outros pontos determinantes, como parcerias e conquistas, no caso da PrimeDialog, que fechou contrato com a GetEdu, parceira oficial do Google for Education, e vem fazendo pontes com outros estados do Brasil.”
É importante destacar que o sucesso da Dome Ventures, das startups do portfólio e da aproximação de setores públicos com a inovação aberta se dá também pelo apoio do Grupo FCJ, que licenciou o modelo de Open Venture Building. “O Grupo FCJ tem um papel primordial desde o lançamento da Dome Ventures, tendo em vista que ela ‘emprestou’ suas credenciais para uma iniciativa nova como a Dome, o que possibilitou o surgimento da VB (Venture Builder) e seu crescimento.”
“Sendo assim, a FCJ ajudou a Dome Ventures em pontos chave para nosso desenvolvimento, como na qualificação dos investidores iniciais e das primeiras startups, na governança corporativa, treinamentos, conexões, plataforma, serviços do centro compartilhado, como jurídico, marketing (no início, hoje temos um time dentro da nossa VB) e outros suportes que até hoje reverberam.”
Segundo Lincoln, em 2024, a Dome Ventures está focada na evolução das startups a partir do fechamento de novos contratos e representações comerciais. “Estamos acompanhando as diligências para que elas consigam replicar sua solução para o maior número de prefeituras e instituições públicas do país.”
Daniele Rocha -
Redatora de conteúdo com mais de 5 anos de experiência em planejamento, redação e edição de conteúdo on-line que educa, diverte e conecta clientes com marcas. Trabalhei em agências e grandes empresas como estrategista de conteúdo de blog, redatora e revisora de textos. Depois de me apaixonar por propaganda, fiz um curso de copywriting e, agora, também venho ajudando a construir marcas fortes através de textos criativos.