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Mobilização e colaboração são chaves para o fomento do ecossistema em Minas

Palco do Minas Summit Foto Camila Rocha

Representantes de organizações de fomento da inovação no estado falam sobre a importância de um trabalho coletivo e que envolve os diferentes atores da cadeia

O palco do Minas Summit, encontro de inovação realizado pela FCJ Venture Builder e o Órbi Conecta, no dia 30 de junho, no Minascentro (BH), foi diverso, assim como é diversa a cadeia de inovação. Além de representantes de startups, grandes empresas e da academia, estiveram presentes executivos de organizações fomentadoras, como aceleradoras, hubs de inovação e o próprio governo.

No painel sobre o tema do fomento à inovação, duas ideias ganharam destaque: mobilização e colaboração. Em suas falas distintas, os participantes deram seu recado sobre a importância de cada ator assumir seu lugar para fazer acontecer o ambiente de inovação em Minas Gerais.

Paulo Justino, CEO da FCJ Venture Builder, no palco do Minas Summit. Foto Camila Rocha
Legenda: Paulo Justino, CEO da FCJ Venture Builder, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha

A principal provocação do debate veio de Paulo Justino, fundador da FCJ Venture Builder. Ele perguntou aos participantes da mesa sobre o futuro da inovação no estado: “Se a gente tivesse o poder de fazer uma profecia autorrealizável para que o ecossistema cresça nos próximos três anos, qual seria?”.

Silvana Braga – Foto Glaucimara Castro
Silvana Braga – Foto: Glaucimara Castro

CEO da Fumsoft, Silvana Braga, começou respondendo que esse futuro passa pela manutenção de eventos como o Minas Summit. “Não podemos deixar esse evento morrer”, disse. E completou com a ideia de colaboração: “A gente efetivamente colabora pouco um com o outro. Então, uma boa iniciativa é: peguem um parceiro e façam um projeto com ele até o fim do ano. A gente precisa ser mais intencional, parar de olhar pra gente mesmo e escolher uma organização para fazer inovação junto”, disse.

João Zica, CEO do Raja Ventures, no palco do Minas Summit. Foto Camila Rocha
João Zica, CEO do Raja Ventures, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha

CEO do Raja Ventures, João Zica, também falou sobre a importância do movimento pela inovação voltar a acontecer de forma mais frequente e consistente em Belo Horizonte. “Por muito tempo vimos várias iniciativas individuais serem lançadas, mas em determinado momento as coisas começaram a se desconectar por motivos diversos, entre eles a pandemia. Mas, três anos depois estamos voltando com toda força e temos que apoiar e incentivar cada vez mais esse movimento”, disse.

Renata Horta, CEO da TroposLab, no palco do Minas Summit. Foto Camila Rocha
Renata Horta, CEO da TroposLab, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha

Já a CEO da TroposLab, Renata Horta, trouxe uma perspectiva diferente para esse futuro da inovação no estado, chamando a atenção para uma mobilização que vai além das próprias empresas e pensa a sociedade como um todo. “Temos que pensar também na apropriação tecnológica porque não adianta investir em tecnologia se o cliente não vai conseguir usar. Teremos que trabalhar com as questões da desigualdade de acesso à tecnologia e com educação tecnológica”, frisou.

Pedro Vaz, superintendente de inovação do Governo de Minas, no palco do Minas Summit. Foto Camila Rocha
Pedro Vaz, superintendente de inovação do Governo de Minas, no palco do Minas Summit. Foto: Camila Rocha

superintendente de inovação do Governo de Minas, Pedro Vaz, destacou que cada ator que integra essa cadeia tem um papel diferenciado e importante, seja na captação de recursos, na formação de talentos, no desenvolvimento das startups ou na oferta de uma infraestrutura adequada para o desenvolvimento delas. Mas, para ele, independente das organizações, é preciso um senso mobilizador que passa pela iniciativa das pessoas, de maneira individual.

“Instituições de fomento são importantes, mas elas são o meio. Vocês é que são o fim. Para construir o futuro da economia mineira, vocês empreendedores, executivos e todos que estão aqui são essenciais. Fazer algo dessa magnitude é complexo, ninguém vai fazer sozinho, então colaborar é essencial”, afirmou.

Para Justino, o caminho para essa mobilização e colaboração passa pela ideia de propósito. “Quando falamos em fazer e fomentar inovação, a questão não é fazer por responsabilidade, mas por propósito. Até porque responsabilidade mesmo eu tenho com meus pais, filhos e netos. Mas, quando você faz por propósito, a obrigação passa a ser um direito”, finalizou.

A 1ª edição do Minas Summit foi realizada pela FCJ Venture Builder e Órbi Conecta, patrocinada por Framework, Board Academy, Zendesk, Yazo, Grant Thornton, SEBRAE, Codemge, Governo de Minas Gerais, Minascentro e Prefeitura de Belo Horizonte. Em 2024 tem mais. A 2ª edição do Minas Summit acontecerá nos dias 28 e 29 de junho, no Minascentro, no Centro da capital mineira. Acompanhe mais informações por meio do site www.orbi.co e www.sanpedrovalley.org.br. Se você é integrante do ecossistema de inovação de Belo Horizonte, não deixe de se cadastrar nos portais.

Fonte: www.orbi.co

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