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FCJ e Mubius lançam a primeira venture builder WomenTech do Brasil

FCJ e Mubius lançam a primeira venture builder WomenTech do Brasil

A corporate venture builder busca desenvolver startups que se relacionem com o universo feminino e sejam, preferencialmente, protagonizadas por mulheres

A FCJ Venture Builder, em parceria com a Mubius Holding, fundou a primeira venture builder WomenTech do Brasil. Batizada de Mubius WomenTech Ventures, essa iniciativa de desenvolvimento de startups busca abordar o feminino como valor e contribuir para o aumento do número de mulheres na liderança das organizações de todos os setores.

O projeto, que tem como base a complementaridade entre gêneros, nasce a partir das experiências de seus quatro idealizadores, Carolina Gilberti, jornalista e fundadora do Mulheres Elétricas, um hub que conecta iniciativas femininas, Priscila Spadinger, advogada especialista em fusões e aquisições de empresas, investidora-anjo e CEO da Aleve LegalTech Ventures, Regina Migliori, fundadora do Grupo Migliori, especialista em desenvolvimento humano, cultura de inovação e modelos de negócios inovadores, e Silvio Leal, sócio-fundador do BRC Group, consultor e mentor de empresas e pessoas e desenvolvedor de novos negócios.

Liderança feminina e inovação corporativa

A presença de mulheres em cargos de liderança não é uma pauta nova nem restrita ao mercado brasileiro. Pesquisas em nível global mostram que organizações que promovem a liderança feminina terão cada vez mais oportunidades para melhorar seu desempenho, principalmente o financeiro, uma vez que essas empresas têm 50% mais chances de aumentar a rentabilidade, por exemplo.

Mais recentemente, a Nasdaq, Bolsa de Valores dos Estados Unidos, apresentou novas regras de listagem relacionadas à diversidade. A proposta prevê que as empresas listadas apresentem de forma transparente as estatísticas de diversidade de seus conselhos administrativos. Além disso, grande parte dessas companhias deverá passar a ter, nos cargos de diretoria, uma mulher e uma pessoa que integre grupos minoritários.

Ainda, uma pesquisa realizada na FGV comprovou que companhias com pelo menos uma mulher em cargos de chefia pontuam melhor em índices de ESG. De acordo com a pesquisa, 52% das empresas com liderança feminina apresentam notas ESG elevadas (acima de 97,23). Quando a liderança feminina chega ao nível de conselho, o percentual sobe para 72%.

De acordo com Regina Migliori, “vamos abordar o feminino como valor e não só como gênero. Esse mindset já é inovação, diz respeito à estruturação de negócios inovadores em sintonia com as demandas do cenário atual. Por essa razão, priorizamos negócios protagonizados por mulheres, mas também convidamos os homens, estes em negócios que se relacionem com o universo feminino”.

Para Silvio Leal, incentivar e impulsionar o protagonismo feminino perpassa pelo viés da tecnologia. “Queremos trabalhar no âmbito da empresa e também protagonizar qualquer mulher que tenha um projeto de valor. Apoiar essas pessoas ou soluções faz parte da essência do que a Mubius quer fazer”. 

O corporate venturing

O movimento de aproximação entre grandes companhias e startups também é algo que já vem sendo discutido na última década quando o assunto é inovação corporativa. Tendência mundial, as startups são cada vez mais reconhecidas como uma ferramenta de inovação mais rápida e menos burocrática. Para a Mubius, a parceria com a FCJ e a criação de uma corporate venture builder WomenTech significa garantir a propulsão diária que as lideranças femininas necessitam.

“Nós viemos de companhias maiores, com perfil tradicional de mercado, e já temos vários casos de sucesso na implantação da cultura de inovação e de startups dentro delas. Por isso, entendemos que podemos diminuir o gap dessas empresas no acesso aos negócios de tecnologia desenvolvidos por lideranças femininas. Além disso, faremos isso com quem entende de venture building, que é a FCJ”, comenta Priscila Spadinger. “Queremos trazer mulheres para a nova economia e sabemos que essa entrada no mercado será melhor por meio da Mubius WomenTech Ventures, porque elas terão acesso à metodologia da FCJ e à experiência de todos os idealizadores do projeto”.

Pautados pelo conceito da equanimidade, Carol Gilberti explica que o foco das ações da CVB está no diálogo. “Queremos trazer a força feminina, do universo feminino, para que isso se transforme em equanimidade. Vamos desenvolver esse novo mindset nas pessoas e as convidamos para estarem juntas. Nós acreditamos na complementaridade e só assim teremos mais poder de execução e sucesso”.

Ainda, diferentemente de outras corporate venture builders, cujo foco é o desenvolvimento de produtos ou serviços específicos, a tese da Mubius WomenTech Ventures tem foco nas pessoas e seus valores, ou seja, o protagonismo das mulheres e o universo feminino. O objetivo é fortalecer as abordagens sobre o feminino e construir startups com mulheres na liderança, estejam elas em posições de sócias ou C-Levels, em cargos de liderança ou tenham contratos de vesting e/ou stock options.

Até 2050, o crescimento econômico global pode aumentar em 20 trilhões de dólares com a entrada de mulheres no mercado. “O foco em mulheres na liderança gera um imenso retorno financeiro, tanto é que estamos aqui; esse é o futuro do negócio”, finaliza Priscila.

O lançamento da CVB está previsto para início de março. Confira mais informações nas redes sociais da Mubius WomenTech Ventures.

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