Assim como qualquer outra empresa, as startups precisam de dinheiro para tirar o negócio do papel. Mas de onde vem esse capital? Desde família e amigos, aceleradoras, até investidores-anjo e fundos de investimento de risco, as startups podem conseguir financiamento por diferentes vias, de acordo com a maturidade do projeto — conforme o ecossistema da startup cresce, o número de investidores interessados também aumenta.
Quando se trata de financiamento de startups, diversos tipos de investidores investem de acordo com as fases do negócio. Cada um apresenta um perfil diferente de abertura ao risco e suas expectativas também são diferentes em relação à maturidade e governança da empresa. Diferentemente de outros acordos empresariais, os investidores de startup geralmente recebem equity (participação acionária) em troca do dinheiro aportado no negócio e podem ter outras vantagens de acordo com os termos do acordo entre a startup e o investidor.
Entenda as particularidade dos principais tipos de investidores de startups:
1. Família e amigos
É comum encontrar histórias de startups que iniciaram as operações com financiamento proveniente de amigos ou da família dos fundadores. Esse tipo de investimento é feito em startups de estágio embrionário e, na maioria das vezes, os amigos e familiares estão apostando mais naquilo que eles sabem sobre o fundador da startup do que no negócio ou no mercado em si.
Embora essa seja uma forma de investimento mais informal, ela deve ser vista como uma rodada de investimento assim como qualquer outra numa perspectiva de compliance e governança. Além disso, esse tipo de financiamento pode ser arriscado por se tratar do dinheiro de pessoas próximas e que podem estar contando com um retorno financeiro que não virá no curto prazo.
2. Equity crowdfunding
Outra fonte de financiamento para startups é o modelo de investimento coletivo, conhecido como equity crowdfunding. Nesse modelo de investimento, diversos investidores interessados pela solução participam de um financiamento (R$) em troca de participação societária na empresa (equity).
O equity crowdfunding pode ser acessado por startups em quaisquer estágios (inicial, tração ou growth), e é uma oportunidade de acessarem recursos e se desenvolverem sem depender de um único investidor-anjo, por exemplo. No Brasil, as plataformas de financiamento coletivo em startups foram liberadas em 2017 pela Comissão de Valores Mobiliários, órgão fiscalizador do mercado.
3. Investidores-anjo
O investidor-anjo, é um executivo, empresário ou empreendedor que já trilhou o caminho dos negócios com sucesso e acumulou conhecimento e patrimônio suficientes para alocar em novas empresas, geralmente startups, além de apoiá-las para além do financiamento, seja abrindo portas no mercado, oferecendo acesso a novos canais, auxiliando em estratégias etc.
Esses investidores investem em startups de estágios iniciais e, justamente por isso, os angel investors são mais abertos ao risco e, muitas vezes, alocam uma pequena porcentagem do seu patrimônio em diversas startups, tendo em mente que, mesmo que grande parte delas falhe, a startup que tracionar poderá gerar um retorno sobre o investimento até 10 vezes maior.
4. Aceleradoras
Uma aceleradora é uma organização que oferece orientação, mentoria e acesso a financiamento para startups em troca de participação acionária da empresa. Algumas aceleradoras podem fazer investimento direto nas startups que apoiam de acordo com as diretrizes específicas de cada instituição.
Normalmente, as aceleradoras trabalham com startups em estágio de ideação. Às vezes, os fundadores buscam o apoio de aceleradoras para validar seu MVP (produto mínimo viável) e formatar seu plano de negócios.
Os programas das aceleradoras têm a duração de alguns meses e a conclusão se dá em um Demo Day, no qual a startup faz uma apresentação de negócios para as demais empresas e potenciais investidores.
5. Venture builders
Venture builders são organizações que desenvolvem startups de forma sistêmica, aportando mais do que dinheiro nas startups. Elas oferecem recursos para que a startup consiga escalar, como apoio contábil, em vendas, marketing, governança, gestão e outros.
Nos últimos anos, as venture builders cresceram exponencialmente no Brasil e o sucesso desse modelo se dá justamente porque essas organizações acompanham as startups durante toda a sua fase de desenvolvimento, tração e escalabilidade, oferecendo a elas conhecimento técnico da área, acesso às melhores práticas do mercado, ao ecossistema de startups, a redes de mentores, além de modelagem e design de projetos e aproximação com potenciais investidores. É comum que venture builders ofereçam até mesmo programas de internacionalização.
Elas atuam como cofundadoras das startups e também pedem uma porcentagem societária da startup. Em contrapartida, as VBs podem levar startups a rodadas de investimento séries A, B e C, além de exits de sucesso, como a compra ou fusão da startup com uma empresa maior do mercado.
6. Venture capital
Venture Capital é a modalidade mais antiga dessa indústria de investimento em startups. Os fundos de VC financiam as diversas rodadas de investimento, podendo ter um foco maior em um determinado estágio, a depender da tese de investimento.
Por exemplo, fundos de early-stage podem investir em startups nas rodadas de pré-seed, seed e série A, enquanto fundos de late-stage financiam as séries B, C, D e assim sucessivamente, podendo levar as suas investidas até o IPO ou à venda estratégia via M&A, fazendo assim seus eventos de liquidez.
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